
Valverde se torna vice-capitão e peça-chave do novo Real Madrid.

Federico Valverde, o Halcón, está prestes a assumir uma nova dimensão no Real Madrid. Aos 26 anos, o uruguaio ascenderá na hierarquia de capitães após as saídas de Luka Modrić e Lucas Vázquez, ficando atrás apenas de Dani Carvajal. Único jogador do elenco a ultrapassar 5.000 minutos na temporada 2024/25, Valverde é peça indispensável dentro e fora de campo, combinando liderança, versatilidade e números impressionantes. Apesar de uma recente lumbociatalgia que preocupa o clube e a seleção uruguaia, sua trajetória de crescimento contínuo o coloca como um dos pilares do projeto de Xabi Alonso, que visa conquistar o Mundial de Clubes a partir de 14 de junho de 2025.
● Um líder em ascensão.
Valverde está a um passo de realizar seu sonho de capitanear o Real Madrid. Com a saída confirmada de Modrić e Vázquez após o Mundial de Clubes da FIFA, o uruguaio, que completa 27 anos em 22 de julho de 2025, será o segundo na linha de capitães, atrás apenas de Carvajal. Sua liderança, forjada desde a chegada de Montevidéu em 2016, é marcada por um trabalho silencioso, mas impactante. No vestiário, atua como ponte entre gerações, absorvendo a essência do trio Casemiro-Modrić-Kroos (CMK) e transmitindo-a aos mais jovens. Fora de campo, sua voz ressoa nos momentos cruciais, como antes de jogos decisivos, consolidando seu papel de líder natural.
● O motor do Real Madrid.
Na temporada 2024/25, Valverde foi o jogador mais utilizado do elenco, acumulando 5.029 minutos em 59 partidas, superando Kylian Mbappé (4.607 minutos) e Jude Bellingham (4.346 minutos). Sua versatilidade o transformou em um "tudo em um": lateral-direito, falso ponta, volante defensivo, meia ofensivo e até zagueiro no Castilla, como brincou Ancelotti. Líder em pases completados (3.122), passes no último terço (1.070) e interceptações (70), ele também foi destaque em entradas (95, segundo), recuperações (257, segundo), roubos no último terço (24, terceiro), bloqueios (15, quarto), chutes (85, quinto) e chutes a gol (29, sexto), contribuindo com 9 gols e 8 assistências.
Essa intensidade, porém, cobrou seu preço. Após jogar os 90 minutos contra a Real Sociedad, Valverde sofreu sua primeira lesão da temporada, uma lumbociatalgia, que o deixa em dúvida para os jogos da seleção uruguaia contra Paraguai (6 de junho) e Venezuela (11 de junho). Apesar disso, sua resistência é notável: a última baixa superior a sete dias foi em 2021, reforçando sua quase indestrutibilidade.
● De promessa a estrela global.
Contratado do Peñarol por 5 milhões de euros em 2016, Valverde evoluiu de promessa a um dos meio-campistas mais valiosos do mundo, avaliado em 130 milhões de euros pelo Transfermarkt (oitavo no ranking geral, primeiro entre volantes). Sua trajetória inclui uma passagem por empréstimo ao Deportivo La Coruña e um crescimento constante no Real Madrid, de onde herdou a camisa 8 de Kroos, simbolizando a transição de gerações celebrada em Cibeles. Sua influência vai além dos números, com intangíveis como entrega, espírito competitivo e capacidade de unir o elenco.
● O papel com Xabi Alonso.
A chegada de Xabi Alonso, em 2 de junho de 2025, marca o início de uma nova era, e Valverde está pronto para ser um dos protagonistas. O estilo de jogo de Alonso, vertical, intenso e com pressão alta, alinha-se perfeitamente com as qualidades do uruguaio: velocidade, visão de jogo e combatividade. Com reforços como Dean Huijsen, Trent Alexander-Arnold e Álvaro Carreras, além da busca por um novo meia (como Angelo Stiller), o Real Madrid amplia seu elenco, permitindo que Valverde deixe de ser "tapa-buracos" e se consolide como peça central. Sob Alonso, ele terá o palco ideal para brilhar no Mundial de Clubes, onde o clube busca o título inaugural e uma premiação de 130 milhões de euros.