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O Bayer Leverkusen vive um momento de expectativa e planejamento estratégico enquanto aguarda a decisão de Xabi Alonso sobre seu futuro. O técnico espanhol, que transformou o clube alemão em campeão invicto da Bundesliga e da DFB-Pokal na temporada passada, é o principal alvo do Real Madrid para suceder Carlo Ancelotti. Embora Alonso mantenha o discurso cauteloso, afirmando que "não há nada novo a dizer sobre meu futuro, a resposta é a mesma: temos que esperar", a sensação no BayArena é de que sua saída para o clube merengue é iminente. Com o fim da Bundesliga marcado para 17 de maio de 2025 e da La Liga para 25 de maio, o Leverkusen já se prepara para a transição, buscando um substituto à altura e ajustando o planejamento para a próxima temporada.

● O cenário no Bayer Leverkusen.

No Bayer Leverkusen, a possibilidade de perder Xabi Alonso não é novidade. Desde a temporada passada, quando o treinador recusou propostas de Bayern de Munique e Liverpool para renovar até 2026, o clube alemão sabia que sua permanência seria temporária, com o Real Madrid como destino provável. "A comunicação com o clube sempre é boa. Há clareza entre todos", declarou Alonso antes do jogo contra o Friburgo, reforçando a transparência com a diretoria, liderada por Fernando Carro (CEO) e Simon Rolfes (diretor esportivo). Apesar disso, ele ainda não formalizou sua decisão nem ao elenco nem aos dirigentes.

A confiança na saída de Alonso é tamanha que o Leverkusen já começou a planejar a temporada 2025/26 sem ele. A diretoria trabalha na identificação de um novo treinador, avaliando se o esquema tático com três zagueiros e dois alas, marca registrada de Alonso, será mantido. Além disso, o clube analisa quais jogadores se encaixariam no projeto do próximo técnico, especialmente diante do interesse de gigantes europeus em estrelas como Florian Wirtz e Jeremie Frimpong. A pressa em definir o futuro de Alonso reflete a mentalidade alemã de organização: quanto mais cedo a decisão for confirmada, mais eficiente será a transição.

● A negociação com o Real Madrid.

A transferência de Xabi Alonso para o Real Madrid é vista como uma formalidade pelas partes envolvidas. O treinador, que já jogou e foi técnico da base merengue, deseja retornar a Valdebebas, onde é considerado o sucessor ideal de Ancelotti. O Real Madrid, por sua vez, planeja a troca de comando há meses, especialmente após uma temporada sem títulos e a eliminação nas quartas de final da Champions League para o Arsenal. Fontes próximas à negociação, conforme reportado pelo Relevo, garantem que não haverá obstáculos significativos.

No contrato de Alonso com o Leverkusen, existe uma cláusula de liberação, mas ela será negociada de forma amigável. Fernando Carro confirmou em abril de 2025 um "acordo de cavalheiros" que facilita a saída do técnico para clubes onde ele atuou, como Real Madrid, Liverpool, Bayern de Munique ou Real Sociedad. Segundo o BILD, o Leverkusen exigirá uma compensação de cerca de 10 a 12 milhões de euros, mas o Real Madrid tentará reduzir esse valor, dado o desejo mútuo de concretizar a transferência. Há rumores de que José Ángel Sánchez, CEO do Real Madrid, teria viajado a Leverkusen nos últimos meses para avançar as conversas, embora o clube espanhol não confirme oficialmente.

● O dilema de Alonso.

Xabi Alonso enfrenta uma decisão crucial. Por um lado, ele está confortável no Leverkusen, onde vive em Düsseldorf com sua família e mantém uma relação excepcional com o clube. "Alonso também estaria encantado de cumprir seu contrato e ficar mais um ano, onde trabalha muito à vontade e mantém uma relação excelente com cada funcionário do clube", relatam fontes do Relevo. A conquista do doblete histórico em 2023/24 e a possibilidade de continuar construindo um legado na Bundesliga são atrativos.

Por outro lado, a oportunidade de treinar o Real Madrid é única. "Ele sabe que o trem do clube branco não passa muitas vezes", destaca o mesmo veículo, enfatizando o entusiasmo de Alonso com o desafio de comandar um dos maiores clubes do mundo. Com a temporada atual marcada por resultados aquém do esperado no Real Madrid, a pressão sobre Ancelotti aumenta, e a chegada de Alonso é vista como uma chance de renovação tática e geracional no Santiago Bernabéu.

● O planejamento do Leverkusen para o pós-Alonso.

O Bayer Leverkusen não pretende ser pego desprevenido. A diretoria já avalia nomes como Sebastian Hoeness (Stuttgart), Sandro Wagner (ex-auxiliar da seleção alemã) e Imanol Alguacil (ex-Real Sociedad) para assumir o comando técnico. A escolha do substituto será crucial para manter a competitividade do time, que ocupa a segunda colocação na Bundesliga, oito pontos atrás do Bayern de Munique. Além disso, o clube planeja ajustes no elenco, considerando a possível saída de jogadores-chave e a necessidade de alinhar o grupo ao estilo do novo treinador.

A saída de Alonso, se confirmada, marcará o fim de uma era gloriosa no Leverkusen. Sob seu comando desde outubro de 2022, o clube saiu da zona de rebaixamento para conquistar um título invicto da Bundesliga, a DFB-Pokal e a DFL-Supercup, além de chegar à final da Europa League. Sua habilidade tática e liderança transformaram o Leverkusen em uma potência, mas o clube está preparado para virar a página.

● O timing e o impacto no Real Madrid.

O calendário impõe urgência à decisão de Alonso. A Bundesliga termina em 17 de maio, e a La Liga, em 25 de maio, deixando poucas semanas até o início do Mundial de Clubes, em 14 de junho. O Real Madrid deseja definir seu treinador antes do torneio, mas não está claro se Alonso assumiria imediatamente ou se um interino, como Santiago Solari, comandaria a equipe no evento. A chegada de Alonso ao Real Madrid também pode influenciar o mercado de transferências, com rumores de que ele gostaria de levar Florian Wirtz, joia do Leverkusen, para a capital espanhola.