Real Madrid Notícias.

Real de Xabi Alonso mostra evolução, mas sofre com falhas nos minutos finais.

Foto: Reprodução / Diario AS - Mike Segar.

O Real Madrid, sob o comando de Xabi Alonso, começa a mostrar a identidade do treinador, com um time mais comprometido e uma formação versátil. No entanto, o confronto contra o Borussia Dortmund expôs um problema recorrente na temporada: a dificuldade em gerir os minutos finais das partidas, um velho vício que continua a assombrar a equipe.

● O selo de Xabi Alonso.

Xabi Alonso está deixando sua marca no Real Madrid. O time recuperou o comprometimento, adotou um novo esquema tático flexível e viu mudanças significativas nas escalações. Nos últimos três jogos, o treinador repetiu o mesmo time titular, destacando a confiança na base com a aposta em Gonzalo. Jogadores como Rodrygo e Brahim, que eram peças frequentes com Ancelotti, perderam espaço. Apesar dos avanços, o jogo contra o Dortmund revelou fragilidades persistentes. O que parecia um confronto controlado até o minuto 90 virou um caos nos acréscimos, com três gols, um pênalti e a expulsão de Huijsen, evidenciando a dificuldade do Madrid em fechar partidas que pareciam resolvidas.

● Problemas nos finais de jogo.

Essa má gestão dos minutos finais não é novidade. Na Copa do Rei, o Real Madrid complicou-se em duas ocasiões. Contra o Celta, nas oitavas de final, a equipe vencia por 2 a 0 até o minuto 80, mas gols de Bamba e Marcos Alonso, este em um pênalti no limite do tempo regulamentar, levaram o jogo à prorrogação. Endrick, com dois gols, e Valverde garantiram a vitória por 5 a 2. Um cenário semelhante ocorreu na volta das semifinais contra a Real Sociedad. Com um placar agregado de 2 a 1, graças a gols de Endrick, o jogo desandou após o minuto 70, com cinco gols, incluindo dois contra de Alaba, uma virada dos donostiarras e um gol de Oyarzabal nos acréscimos, forçando a prorrogação. Rüdiger, com sua intensidade, acabou sendo decisivo para a classificação.

● Fantasmas do passado.

O problema também apareceu no início da temporada, em um 3 a 2 contra o Alavés, quando o adversário marcou nos minutos 85 e 86, criando um final eletrizante no Bernabéu. Na final da Copa do Rei, a dificuldade custou caro. Após Mbappé e Tchouameni reverterem o gol inicial de Pedri, um erro defensivo permitiu que Ferran Torres empatasse, levando o jogo à prorrogação e resultando na perda do título para o Madrid.

No Mundial de Clubes, a questão voltou à tona. Contra o Pachuca, mesmo com um jogador a menos, o time sofreu o 3 a 1 de Elías Montiel, apesar de uma vantagem confortável. O alerta se intensificou contra o Dortmund. “Aconteceram coisas demais em pouco tempo”, lamentou Xabi Alonso. Embora o jogo em Nova Jersey não tenha ido à prorrogação, como nas partidas da Copa do Rei, os velhos fantasmas reapareceram, mostrando que o Real Madrid ainda precisa aprender a controlar os momentos finais.