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Julgamento de acusados por boneco racista contra Vinicius Jr. avança em Madri.

Foto: Reprodução / Google Imagens.

A Audiência de Madri realiza nesta segunda-feira, 16 de junho de 2025, a segunda sessão do julgamento contra quatro membros do grupo Frente Atlético, acusados de pendurar, em janeiro de 2023, um boneco inflável em um viaduto da rodovia M-11, com a camisa do jogador do Real Madrid, Vinicius. O caso, que se iniciou em 19 de maio com o depoimento por videoconferência do brasileiro, ganhou destaque após Vinicius afirmar que o ato foi motivado por racismo, devido à sua "cor de pele" e por "ódio à sua pessoa", ferindo sua honra.

● Questões processuais.

A Seção 23 da Audiência marcou esta segunda-feira para discutir questões preliminares. As partes apresentarão alegações sobre temas processuais importantes, como possíveis violações de direitos fundamentais, antes do início oficial do julgamento, agendado para 23 de junho.

● Possibilidade de acordo.

Os acusados podem chegar a um acordo com a Promotoria de Madri, considerando as provas contra eles, como imagens de câmeras de vigilância de um bar que frequentaram após o ato. Se houver acordo, ele será formalizado no início da audiência do dia 23 de junho.

● Pedido de punição.

Na madrugada de 25 para 26 de janeiro de 2023, antes do jogo da Copa do Rei entre Real Madrid e Atlético de Madrid, marcado para as 21h (hora local, 17h de Brasília) no estádio Santiago Bernabéu, os acusados foram até um viaduto na rodovia M-11, sentido Valdebebas, próximo à Cidade Esportiva do Real Madrid. Lá, penduraram com uma corda um manequim de cerca de 1,65 m, de pele e cabelo escuros, com a camisa do Real Madrid, ostentando o nome e o número de Vinicius nas costas, representando o jogador. Pedras, amarradas com fita adesiva, foram presas aos tornozelos do boneco, funcionando como peso. Junto ao manequim, fixaram uma faixa vermelha com letras brancas, com a frase "Madri odeia o Real", medindo 12,9 metros de comprimento por 1,7 metro de largura.

● Repercussão nas redes.

Após o ato, um dos acusados, identificado como Á. B. R., publicou, por meio de uma conta que administrava na rede social X (antigo Twitter), com 1.223 seguidores, uma foto do viaduto exibindo a faixa e o boneco pendurado. A postagem alcançou 18.000 visualizações e viralizou, ganhando ampla divulgação nas redes sociais e sendo noticiada pela imprensa tradicional, o que, segundo a acusação, agravou o dano à dignidade de Vinicius e do grupo que ele representa.

O mesmo acusado também publicou uma segunda imagem, mostrando o boneco inflável durante os preparativos, com a camisa do Real Madrid apoiada contra uma parede, acompanhada da hashtag #TodosSomosVini. Essa hashtag, usada originalmente para apoiar o jogador e condenar o ato, foi empregada de forma sarcástica, intensificando o desrespeito ao atleta.