
Como foi o único confronto entre Real Madrid e Al Hilal no Mundial de Clubes da FIFA?

O Real Madrid adicionou mais uma taça à sua vasta coleção, sagrando-se campeão do Mundial de Clubes da FIFA pela oitava vez em sua história. Em uma final eletrizante e recheada de gols no Estádio Príncipe Moulay Abdellah, em Rabat, o clube espanhol superou o surpreendente Al-Hilal, da Arábia Saudita, por 5 a 3, em uma partida que demonstrou a força ofensiva merengue e a ousadia do adversário asiático.
Desde o apito inicial, ficou claro que seria um jogo aberto. O Real Madrid, como esperado, tomou a iniciativa, buscando impor seu ritmo e a qualidade técnica de seus jogadores. O Al-Hilal, por sua vez, não se intimidou e mostrou por que havia chegado à final, apostando em transições rápidas e na velocidade de seus homens de frente.
● Primeiro tempo: Vantagem Merengue, resposta Árabe.
A superioridade técnica do Real Madrid começou a se traduzir em gols cedo. Aos 13 minutos, Vinicius Jr. abriu o placar. O jovem atacante brasileiro recebeu um passe preciso de Karim Benzema, mostrou frieza e, cara a cara com o goleiro Abdullah Al-Mayouf, finalizou com categoria para fazer 1 a 0. A pressão merengue continuou, e não demorou para o segundo gol aparecer. Aos 18 minutos, Federico Valverde ampliou. Após uma boa jogada pela direita, Luka Modrić rolou para o uruguaio que, com um chute forte e rasteiro de fora da área, superou Al-Mayouf, consolidando a vantagem madridista.
No entanto, o Al-Hilal não se entregou. A equipe saudita demonstrou resiliência e, em uma rara investida ofensiva, conseguiu diminuir a diferença. Aos 26 minutos, Moussa Marega mostrou oportunismo. Em um contra-ataque veloz, o atacante malinês recebeu um lançamento longo, ganhou da defesa madridista na corrida e finalizou cruzado, sem chances para Andriy Lunin, que substituía o lesionado Thibaut Courtois no gol do Real. O gol deu novo ânimo ao Al-Hilal e adicionou emoção ao restante da primeira etapa, que terminou em 2 a 1 para o Real Madrid.
● Segundo tempo: Chuva de gols e consolidação do título.
A etapa final começou com o Real Madrid determinado a liquidar a fatura. E foi o que aconteceu. Aos 54 minutos, Karim Benzema, o capitão e artilheiro, deixou o seu. Vinicius Jr., em grande jogada individual pela esquerda, cruzou rasteiro para o camisa 9 que, com a categoria habitual, tocou para o fundo das redes, fazendo 3 a 1 e ampliando a vantagem.
Não demorou para o show particular de Valverde continuar. Aos 58 minutos, o uruguaio marcou seu segundo gol na partida e o quarto do Real Madrid. Após uma troca de passes envolvente no ataque merengue, Dani Carvajal serviu Valverde, que bateu forte e cruzado, estufando as redes e selando praticamente a vitória. Com 4 a 1 no placar, o título parecia garantido.
Contudo, a surpresa do torneio ainda tinha algo a dizer. O Al-Hilal, com um espírito inquebrável, conseguiu mais uma vez balançar as redes do gigante europeu. Aos 63 minutos, Luciano Vietto, o argentino que vinha sendo destaque do time saudita, mostrou seu faro de gol. Após uma bela jogada individual, Vietto finalizou com precisão, diminuindo para 4 a 2 e reacendendo uma pequena chama de esperança para os árabes.
Apesar da reação do Al-Hilal, o Real Madrid não tirou o pé do acelerador. Aos 69 minutos, Vinicius Jr. coroou sua excelente atuação com seu segundo gol na partida e o quinto do Real. Após receber um passe de Dani Ceballos, o brasileiro driblou o zagueiro e finalizou com um toque sutil por cima do goleiro, marcando um golaço e ampliando a festa madridista para 5 a 2.
Já na reta final, aos 79 minutos, o Al-Hilal ainda encontrou forças para marcar o seu terceiro gol. Luciano Vietto, novamente ele, aproveitou um erro da defesa merengue e finalizou com oportunismo, fechando o placar em 5 a 3. O gol de Vietto, apesar de não mudar o resultado, serviu para consolidar a excelente campanha do Al-Hilal no torneio e o colocou na artilharia do campeonato.
● A festa Merengue e as consequências.
O apito final do árbitro inglês Anthony Taylor selou a festa madridista. O Real Madrid confirmou seu favoritismo e levou para casa seu oitavo Mundial de Clubes, reforçando sua hegemonia no cenário internacional. A vitória também foi um importante impulso moral para a equipe de Carlo Ancelotti, que vinha oscilando na temporada europeia.
Vinicius Jr., com seu desempenho deslumbrante e decisiva, foi eleito o melhor jogador da final e do torneio, coroando um período de grande evolução em sua carreira. Valverde também teve uma atuação memorável, demonstrando sua versatilidade e capacidade ofensiva.
Para o Al-Hilal, apesar da derrota, a participação no Mundial de Clubes foi histórica. A equipe do técnico Ramón Díaz, que havia surpreendido ao eliminar o Flamengo na semifinal, mostrou um futebol ofensivo e corajoso, deixando uma imagem positiva e honrosa para o futebol asiático. O vice-campeonato é o melhor resultado da história do clube na competição.
A final entre Real Madrid e Al-Hilal ficará marcada como um confronto de alto nível técnico e tático, com um impressionante número de gols, reafirmando o Real Madrid como "rei" dos Mundiais e o Al-Hilal como uma força crescente no cenário global.