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Enquanto Gonzalo García brilha no Mundial de Clubes, Asencio vive um pesadelo nos Estados Unidos. Com um pênalti contra o Al-Hilal e uma expulsão diante do Pachuca, o zagueiro canário ainda levou uma bronca pública de Courtois, expondo sua má fase.

● Descontrole em momentos cruciais.

O futebol pode ser cruel. Asencio foi o pilar que sustentou o Real Madrid em vários momentos de uma temporada marcada por fragilidades, mas no Mundial de Clubes da FIFA ele se tornou o ponto fraco do time. Em dois jogos contra adversários teoricamente acessíveis, cometeu erros graves que quase custaram caro. No empate em 1 a 1 contra o Al-Hilal, na estreia, entregou um pênalti desnecessário. Já contra o Pachuca, foi expulso aos 6 minutos após cair na malícia de Salomón Rondón, que, com experiência, aproveitou o descontrole do jovem zagueiro. A falta, evitável, não exigia tanto risco, já que Asencio poderia ter usado sua força física para se impor.

● Bronca pública de Courtois.

Mais uma vez, o erro nasceu de uma falha de posicionamento, agravada por uma desconcentração. Dessa vez, o vacilo rendeu uma crítica pública de Courtois, em tempo real. "Foram dois jogos e duas vezes o mesmo erro, ele sabe disso", disparou o goleiro belga no intervalo, em entrevista à DAZN. Asencio deixou o campo contra o Pachuca, assim como contra o Al-Hilal, visivelmente frustrado consigo mesmo. Ele sabe que está em apuros e que, no Real Madrid, cada jogo é uma prova de fogo. A história do clube mostra que, por menos, outros jogadores perderam espaço. A situação não melhora com o retorno de Rüdiger, que será titular contra o RB Salzburgo — sem Asencio, suspenso — e se consolida como líder absoluto da zaga, ainda mais com Huijsen se destacando como um construtor de jogo.

● 'Golzalo', a surpresa da base.

Enquanto um jovem da base decepciona, outro rouba a cena. Gonzalo García se destacou em dois jogos, mostrando méritos para uma vaga no elenco principal. Marcou contra o Al Hilal e deu assistências para os dois primeiros gols contra o Pachuca — a primeira em uma bela jogada com Fran García. Além dos números, Gonzalo entrega intangíveis que pesam na avaliação de Xabi Alonso. Apesar de não ser alto (1,81m), é o único atacante com presença de área no setor ofensivo. Sua versatilidade tática também chama atenção: com a expulsão de Asencio, Xabi deslocou-se para a ponta esquerda, fechando o corredor contra o Pachuca e poupando Vinicius de uma função defensiva desgastante.

● Decisão surpreendente de Xabi.

Mesmo com o brilho, Gonzalo ainda é um jogador da base e sua condição reflete isso. No intervalo do jogo contra o Pachuca, Xabi optou por substituí-lo por Brahim, uma escolha surpreendente, já que o marroquino assumiu a tarefa defensiva. A vida de um canterano no Real Madrid nunca é simples.