
Real Madrid Basquete vence o Valencia Basket na prorrogação e fica a um jogo do título.

Em um jogo eletrizante, cheio de ritmo e emoção, o Real Madrid Basquete venceu o Valencia Basket por 102 a 96 na prorrogação, ficando a uma vitória do seu 38º título da Liga ACB. Facundo Campazzo, com 18 pontos e 11 assistências, e Andrés Feliz, com quatro triplos e sete rebotes, foram os heróis merengues no segundo jogo da final, disputado no domingo, 22 de junho de 2025, às 18:30 (hora local da Espanha, 13:30 de Brasília).
● Uma batalha épica.
O jogo foi um espetáculo de basquete, com intensidade, pontos e tensão no limite. Duas verdades opostas emergiram: o Valencia Basket mostrou que está na briga pelo título, como o Unicaja fez na semifinal, mas o Real Madrid Basquete está a um passo de levantar a taça, com três jogos pela frente para conquistar sua 38ª Liga ACB.
● Reação heroica do Real Madrid Basquete.
No meio do último quarto, o Real Madrid Basquete parecia derrotado, mas o Movistar Arena Madrid se agigantou, garantindo a 31ª vitória consecutiva do time na ACB em casa nos últimos 15 meses. Campazzo foi o maestro, com 9 pontos e uma assistência decisiva no último período, terminando com 18 pontos, 11 assistências e um impacto de +22 em quadra. Tavares brilhou na defesa, com jogadas cruciais, enquanto a sorte ajudou com um triplo anulado do Valencia Basket por uma falta prévia, confirmada por revisão. Na prorrogação, Andrés Feliz assumiu o protagonismo, com dois triplos e cinco rebotes (três ofensivos), destruindo as chances do adversário.

● Apagão do Valencia Basket.
O Valencia Basket esteve perto da vitória, liderado por Jean Montero (23 pontos e 8 assistências), mas um apagão ofensivo nos últimos 3:49 do tempo normal, com apenas um ponto marcado, foi fatal. Apesar de acertar 18 triplos com um impressionante aproveitamento de 42%, o time não resistiu. O Real Madrid Basquete, por sua vez, converteu 31 cestas de dois pontos com 66% de acerto e perdeu apenas três bolas, um número excepcional. Em um jogo físico, com muitos contatos, foram cobrados apenas 19 lances livres (9 para o Real, 10 para o Valencia). Pedro Martínez, técnico do Valencia, terminou revoltado com a arbitragem: "Estou muito irritado, espero que a Liga faça uma análise séria disso".

● Primeiro quarto: susto e reviravolta.
No início, o Valencia Basket parecia acuado, com o Real Madrid Basquete dominando fisicamente. Abalde começou inspirado, seguido por Hezonja e Tavares, e um triplo de Campazzo abriu 16 a 5. A ameaça de um atropelo era clara, mas o Madrid relaxou, com jogadas menos elaboradas e chutes medianos. O Valencia Basket aproveitou, correu e acertou triplos em sequência com Sestina, Costello, Jovic e dois de López-Arostegui, que ainda fechou o quarto com mais um. Um parcial avassalador de 1 a 17 em três minutos virou o jogo, com o Valencia Basket anunciando que estava na final.

● Segundo quarto: altos e baixos.
O ímpeto do Valencia Basket seguiu no segundo período, com López-Arostegui, Montero e Chris Jones comandando um ataque que chegou a 9 de 15 nos triplos. A vantagem alcançou 9 pontos (29 a 38). O Real Madrid Basquete precisou recomeçar do zero, agora precisando remar contra a maré. Llull, que não estava em seu melhor dia, empatou a 89 com seu único arremesso certeiro. Campazzo e Tavares voltaram, mas o pivô cometeu sua segunda falta em uma jogada sem bola de Costello. Chus Mateo apostou em Garuba como pivô e Hezonja como ala-pivô, com Musa atacando em penetrações. Bruno Fernando (10 pontos e 4 rebotes) entrou no lugar de Garuba, e Hezonja fechou a primeira metade com cinco pontos, liderando um parcial de 19 a 7 que recolocou o Real na frente: 48 a 45.

● Segundo tempo: tudo ou nada.
Na volta do intervalo, o jogo pegou fogo. O Valencia Basket abraçou seu estilo rápido e ofensivo, enquanto Tavares somava sua terceira falta em um 2+1 de Montero. Chris Jones corria de um lado ao outro, e o placar marcava 59 a 68. O Real reagiu rápido, mas o Valencia Basket respondeu com Reuvers, que castigou a defesa com três cestas seguidas, e Montero, com um triplo, abriu 71 a 79. O time merengue estava grogue, e o quinteto não rendia. Campazzo voltou tarde, mas entrou com tudo.

● Últimos minutos e prorrogação.
Com 81 a 88 e pouco mais de três minutos, o Valencia estava a um passo da vitória. Mas Campazzo, com a garra de quem já viveu mil batalhas, reduziu para 87 a 88. Uma falta marcada em Feliz anulou um triplo de Badio por décimos, e Tavares forçou um campo-atrás brilhante contra o mesmo Badio, além de conter Montero na sequência. López-Arostegui acertou apenas um lance livre (o único ponto do Valencia nos últimos 3:49), e, com 87 a 89 e 31 segundos, Llull, pressionado, deixou uma bandeja salvadora para empatar. Pedro Martínez optou por sacar do próprio campo após o tempo morto, mas Montero, marcado por Feliz, tentou um arremesso forçado e falhou. Na prorrogação, Feliz brilhou com dois triplos e cinco rebotes (três ofensivos), enquanto Garuba contribuiu com pontos. Montero tentou responder, mas o Real dominou, selando a vitória.