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Crise de lesões marca temporada 2024/25 do Real Madrid com 51 incidentes e mudanças à vista.

Foto: Reprodução / Real Madrid.

A temporada 2024/25 do Real Madrid foi marcada por uma avalanche de lesões, especialmente musculares, com um pico alarmante nas últimas semanas. Com 51 lesões no total, sendo 37 musculares, o clube viveu um ano físico turbulento, culminando em 16 lesões musculares apenas entre abril e maio. Essa crise, que deixou Carlo Ancelotti com o elenco reduzido na reta final, expôs falhas na preparação física e levou o clube a considerar mudanças estruturais nos departamentos médico e de condicionamento para a temporada 2025/26.

● Uma temporada marcada por lesões.

O Real Madrid enfrentou um início de temporada complicado, com sete lesões musculares em outubro e quatro em novembro, reflexo de um calendário intenso e da adaptação a novos reforços, como Kylian Mbappé e Endrick. O inverno trouxe alívio, com apenas duas lesões em janeiro e três em fevereiro e março, após ajustes nas rotinas de treino, alimentação e recuperação. No entanto, a estabilidade foi passageira. Em abril, o número de lesões musculares disparou para dez, seguido por seis em maio, totalizando 16 em apenas seis semanas. Curiosamente, esse pico ocorreu em um período com menos jogos, sugerindo problemas na gestão física dos jogadores.

Os comunicados médicos do clube, sempre breves e sem estimativas de retorno, tornaram-se frequentes, refletindo uma "montanha-russa física". Jogadores como Jesús Vallejo, com quatro lesões musculares, e outros como Rodrygo, Brahim Díaz, Camavinga e Mbappé sofreram contratempos recorrentes. Apenas Luka Modrić e Arda Güler escaparam ilesos, com o croata, aos 39 anos, disputando 57 jogos e sendo baixa apenas uma vez por um vírus.

● Lesões traumáticas agravam a crise.

Além das lesões musculares, o Real Madrid sofreu com graves lesões traumáticas, como as de Dani Carvajal (ruptura do ligamento cruzado anterior, ligamento colateral externo e tendão poplíteo, em 6 de outubro de 2024) e Éder Militão (ruptura do ligamento cruzado anterior e lesão nos meniscos, em 9 de novembro de 2024), que os afastarão até meados de 2025. Outros jogadores, como David Alaba, Antonio Rüdiger, Ferland Mendy e Eduardo Camavinga, também enfrentaram problemas físicos significativos, deixando Ancelotti com opções limitadas na reta final da temporada.

● Causas e falhas estruturais.

A crise de lesões expôs problemas internos no clube. No início de 2024, o Real Madrid reestruturou áreas de suporte aos jogadores, ajustando rotinas de treino e alimentação para melhorar o condicionamento físico. Esses esforços mostraram resultados positivos no inverno, com a redução de lesões. No entanto, atritos entre os departamentos responsáveis pela saúde dos atletas levaram a novos ajustes, que, segundo os dados, pioraram a situação. A falta de continuidade nas estratégias de prevenção e recuperação, aliada a um calendário sobrecarregado com até 70 jogos possíveis, contribuiu para a fragilidade física da equipe.

A ausência de um grande título na temporada 2024/25, com o Mundial de Clubes (a partir de 14 de junho) como última esperança, intensificou a pressão sobre o clube. A comparação com a primeira passagem de Ancelotti (2013-15), quando uma reformulação nos serviços médicos trouxe Ximo Mas de volta, sugere que mudanças semelhantes estão sendo consideradas.

● Reações e planos para o futuro.

A diretoria do Real Madrid está preocupada com a situação e já iniciou reflexões para a temporada 2025/26. A confiança nos profissionais responsáveis pela preparação física foi abalada, e reuniões estão previstas para esta semana para avaliar mudanças. O clube busca soluções definitivas, como a contratação de novos especialistas em prevenção de lesões e a revisão das metodologias de treino. A chegada de Xabi Alonso como treinador, anunciada em 25 de maio de 2025, também pode trazer uma abordagem mais dinâmica e integrada, com foco na recuperação de jogadores como Álvaro Carreras e Dean Huijsen para reforçar o elenco.