
Ancelotti: "Durante uma hora jogamos muito bem".

Ancelotti analisou a vitória do Real Madrid contra o Celta de Vigo no Santiago Bernabéu, válida pela 34ª jornada da LaLiga. O técnico comentou na sala de imprensa do Bernabéu: "O jogo parecia acabado. Tivemos a oportunidade de fazer o quarto gol com Güler. Depois, fizemos a substituição porque Asensio estava cansado e não podia mais. Sofremos um pouco mais do que o necessário. É preciso levar em conta que, com a saída de Asensio, ficamos com seis defensores e nem sempre conseguimos resolver essas situações. Mas durante uma hora fizemos muito bem, poderia ter administrado melhor a vantagem, mas no final foi uma vitória bonita".
"O desempenho de Güler foi uma progressão natural de um jogador que tem vontade de jogar no Madrid, que tem muita qualidade, que trabalhou muito e não perdeu a confiança. É evidente que o Güler de setembro não é o de hoje, ele mudou muito, até o seu perfil físico, agora está muito mais contundente, mas a qualidade continua a mesma. Foi uma evolução bem natural de um jovem no Real Madrid".
● Você acha que, se o Madrid vencer o Barcelona, a Liga está decidida?
"Não sei. Mesmo que ganhemos, ainda ficaremos com um ponto de desvantagem. A Liga está nas mãos do Barcelona, mas teremos mais oportunidades se conseguirmos vencer. É uma grande chance. Vamos nos preparar bem para o jogo de domingo, que não digo que vai ser decisivo, mas quase".
● Qual é a responsabilidade do jogador e do treinador na mudança de um jogador?
"A responsabilidade que eu tenho é de tentar gerenciar melhor o elenco, não o indivíduo. Isso afeta mais alguns jogadores do que outros. Aqui, falamos de Endrick, de jogadores que são muito jovens. A história do Real Madrid diz que, para os grandes jogadores... é necessário 'chupar banco' para ser titular indiscutível no Real Madrid. Arda fez isso muito bem no ano passado, está fazendo melhor neste e fará ainda melhor no próximo. Ele tem o perfil de jogador que pode ser titular no Real Madrid. Ele soube lidar bem com o banco, não se incomodou e evoluiu muito bem".
● Você entende que algum madridista ache impossível vencer o Barcelona em Montjuïc?
"Jogamos contra eles há uma semana. Foi um jogo muito disputado e quase ganhamos. Não há necessidade de inventar muita coisa. Vamos preparar um jogo sério. É muito importante. Vamos jogar com toda a confiança. Apesar de todas as dificuldades, estamos lá e poder disputar esse jogo é algo bonito".
● Sobre o jogo de Mbappé e a ameaça para o Barcelona.
"Ele será um jogador muito importante nesse jogo devido ao fato de o Barcelona jogar com uma linha bem avançada. Seus movimentos nas costas da defesa serão muito importantes e decisivos".
● Já tem claro o time para o Clássico?
"Sim. Rodrygo tem um pouco de febre, mas vai se recuperar. Temos uma semana, o tempo necessário para preparar bem o jogo".
● Sobre a penúltima jogada do jogo entre Bellingham e Vini Jr.
"Bellingham fez um grande trabalho físico. Estava cansado no final, era a última jogada. Não é que ele não tenha querido passar a bola, ele conduziu um pouco mais e não viu que o adversário estava atrás dele. Foi uma jogada que pode acontecer no final do jogo devido ao cansaço".
● Em relação ao Clássico, você tem dúvidas se Güler pode ser titular?
"Ele pode jogar sempre. Vai competir para estar no onze inicial. Não há dúvida sobre isso".
● Já teve algum goleiro tão decisivo quanto Courtois?
"Sim. Eu tenho uma lista... Foi uma carreira afortunada a minha. Tive uma lista muito longa de goleiros, começando por Buffon. Cech, Neuer, Dida, Van der Sar, Casillas, Pickford. Se eu tivesse que fazer uma lista dos primeiros, Courtois estaria bem alto. Eu tive os melhores do mundo, como Perucci na Juventus, uma lista muito boa de goleiros, e por isso é uma das razões do meu sucesso, também pela lista de meio-campistas e atacantes".
● Como Güler lida com o caminho para triunfar no time?
"Eu vejo ele muito melhor e com menos responsabilidade do que no ano passado. No ano passado, ele parecia ter uma responsabilidade muito grande para a sua idade. Agora ele está lidando muito bem com isso. Está mais tranquilo e com muita confiança. Se cometer um erro, não é o fim do mundo. Alguns meses atrás, eu critiquei os que estavam ao redor dele, e agora eu tenho que parabenizá-los porque fizeram muito bem".