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Tebas critica Real Madrid e revela racha com Florentino: "Somos opostos".

Foto: Reprodução / Google Imagens.

Javier Tebas, presidente da LaLiga, abordou questões polêmicas do futebol espanhol em entrevista à Radio XXIII, da Fundación Juan XXIII. Ele criticou a postura do Real Madrid em relação à arbitragem, destacando que "os clubes se queixam uma ou duas vezes por ano, mas o Real Madrid, com a Real Madrid TV, faz isso todas as semanas". Tebas também reconheceu uma relação "irreconciliável" com Florentino Pérez, presidente do Real Madrid, devido a visões opostas sobre o futuro do futebol profissional, enquanto defendeu mudanças na arbitragem e na luta contra o racismo.

● Críticas à Real Madrid TV.

Tebas expressou preocupação com a forma como o Real Madrid manifesta insatisfação com a arbitragem, especialmente via Real Madrid TV. "Os clubes se queixam uma ou duas vezes por ano, mas o Real Madrid, com a Real Madrid TV, faz isso todas as semanas", afirmou, apontando que o alcance da emissora amplífica as críticas. "É um efeito megafone perigoso, pois tudo o que a Real Madrid TV publica aparece em meia hora nos meios esportivos", completou, sugerindo que essa prática prejudica a imagem do futebol.

● Reformas na arbitragem.

O presidente da LaLiga destacou esforços para modernizar a arbitragem, em colaboração com a Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) e clubes, incluindo o Real Madrid. "Estamos em reuniões com a Federação e os árbitros para mudar coisas necessárias na governança e organização da arbitragem", disse, reconhecendo que erros humanos persistirão. Ele pediu cuidado na forma como os clubes expressam suas queixas, para evitar pressões desnecessárias sobre os árbitros, que "continuarão errando, como todos".

● Polêmica na Final da Copa do Rei.

Tebas criticou a decisão de realizar uma coletiva de imprensa com árbitros antes da final da Copa do Rei, considerando-a "inoportuna". "As coletivas antes de jogos como esses talvez não devam acontecer, apenas depois", afirmou. Ele também lamentou a postura do Real Madrid, que inicialmente sugeriu não participar da final, mas acabou jogando. "Essa atitude não foi boa nem para o futebol, nem para o Real Madrid", declarou, defendendo um diálogo mais construtivo.

● Relação com Florentino Pérez.

Sobre a final da Copa do Rei, Louzán admitiu que a coletiva de imprensa pré-jogo dos árbitros Ricardo de Burgos Bengoetxea e Pablo González Fuertes "não foi o momento mais apropriado". Ele confirmou que a prática será suspensa e que conversou com o Real Madrid, que se recusou a participar dos eventos prévios. "O Real Madrid deveria ter estado nos atos, e conseguimos acalmá-los", disse, elogiando a atuação de De Burgos na partida.

● Relação com Florentino Pérez e caso Negreira.

A relação entre Tebas e Florentino Pérez é marcada por divergências profundas. "Florentino é meu adversário em como vejo o futebol profissional. Estamos em polos opostos", admitiu Tebas, criticando a visão de Pérez de um "futebol elitista, de oligarquia". Ele acusou o presidente do Real Madrid de afirmar que "o Madrid e um pouco o Barcelona, geram tudo, enquanto os outros clubes ficam com as migalhas". "Nossas posturas representam dois modelos de futebol completamente diferentes, o que torna nossa relação irreconciliável", concluiu.

● Combate à pirataria e ao ódio.

Tebas alertou para os danos da pirataria à indústria do futebol, que ameaça "toda a estrutura do setor". Ele também destacou avanços na luta contra o racismo e a homofobia nos estádios. "Quando cheguei à presidência, gritos racistas e homófobos eram comuns. Agora, são mais individuais, o que é um grande avanço", afirmou, embora reconheça que "evitar 100% desses incidentes é difícil". Ele reforçou a meta de erradicar totalmente esses comportamentos.