
Real Madrid pede prorrogação da investigação do caso Negreira.

O Real Madrid, atuando como parte acusadora no caso Negreira, apresentou um pedido formal ao Juizado de Instrução número 1 de Barcelona para estender por mais seis meses, até 1º de março de 2026, a fase de instrução da investigação. O clube alega que a complexidade do caso justifica a necessidade de mais tempo para a conclusão das diligências judiciais.
Em um documento datado de 8 de julho de 2025, ao qual a agência de notícias EFE teve acesso, o Real Madrid solicita a prorrogação da investigação a partir de 1º de setembro de 2025, data em que se encerraria o prazo anteriormente estipulado. Em fevereiro de 2025, o juizado já havia determinado uma extensão de seis meses, de 1º de março a 1º de setembro de 2025, mas o clube considera esse período insuficiente devido ao estágio inicial da investigação.
O Real Madrid destaca que, até o momento, apenas José María Enríquez Negreira, ex-vice-presidente do Comitê Técnico de Árbitros (CTA), prestou depoimento como investigado, mas exerceu seu direito constitucional de não declarar. Outros investigados, como Javier Enríquez Romero (filho de Negreira), os ex-presidentes do FC Barcelona Sandro Rosell e Josep Maria Bartomeu, além dos ex-diretores do clube Óscar Grau e Albert Soler, ainda não foram ouvidos. Além disso, testemunhas importantes, como o atual presidente do Barcelona, Joan Laporta, e os ex-treinadores Luis Enrique Martínez e Ernesto Valverde, também devem ser convocados.
No documento, o Real Madrid argumenta: "À luz da complexidade da causa – pela natureza das condutas investigadas, pelo extenso período de tempo durante o qual teriam ocorrido e pelo amplo número de pessoas envolvidas – não se pode descartar a necessidade de realizar outras diligências". Assim, o clube defende a prorrogação de mais seis meses para garantir a continuidade e a profundidade da investigação.
● Contexto do caso Negreira.
O caso Negreira refere-se a uma investigação judicial em curso sobre supostos pagamentos milionários realizados pelo FC Barcelona a José María Enríquez Negreira ao longo de vários anos. O clube catalão afirma que esses pagamentos foram destinados à elaboração de relatórios arbitrais e assessoria técnica. No entanto, a Promotoria investiga se os valores tinham como objetivo influenciar decisões arbitrais, levantando suspeitas de irregularidades no processo.